Que eu não me olhe… Nem tão perto onde eu não possa me enxergar
Nem tão longe onde eu possa me perder
Nem tão dentro a ponto de me prender
Nem tão fora onde eu não possa protagonizar mais
Que eu me olhe com o tato…
Vento a gente não vê, mas sente
Sentir é movimento
Mas é também ressentimento
Pois jamais paramos de sentir
sentir, sentir, sentir
Se não é por tato então…
Que eu me olhe com o que eu sinto…
Porque os sentidos nos enganam
Mas os sentimentos não…
Que a distorção da realidade seja minha única verdade.
Eduarda Renaux
#PalavrAcolhida