Eu sempre tive pressa, quem sabe no início à pressa era do outro, mas o que é do outro vira nosso rapidinho.

O famoso “enquanto você está indo já estou voltando” para mim se tornara mais ou menos assim: Estou voltando e me parece que me faltou ir, pois de tão acelerada, não enxerguei o caminho.

Não me adianta olhar para trás, e nem se quer olhar para frente. Olhar para trás num saudosismo melancólico ou para frente numa ansiedade angustiada. Agora eu quero olhar pros lados, eu quero apreciar a paisagem, a exuberante e a bucólica. Todas elas tem sua beleza. Quem sabe até olhar para baixo, saber onde pisa. Sem pressa não se pisa em ninguém.

Eu quero gente ao lado, eu quero conhecer as pessoas na sua pluralidade, não passar despercebida por elas. Me cativa quem ama a vida. Me guia quem me mostra que ela é bonita. Admiro quem tem paciência e intensidade.

Desejo que fique quem não me apressa, quem não me atrasa mas quem me acompanha…e todos tem direito ao seu tempo. E é uma liberdade conhecer o seu. Tempo é nosso tesouro, é o nossa tempo de vida.

Eduarda Renaux

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